Local de encontro: Estádio da Madeira
Hora:8:30
Finalmente pudemos admirar a esbelta, torneada e charmosa trompica.Fugimos do alcatrão como as galinhas das raposas! Com cadência certa, vento de popa e boa disposição enfrentamos o estreito, a sua inclinação e distanciada distância (desculpem a redundância).Fomos acertivos com a escolha do trajecto para este passeio, tivemos sol e temperatura amena. A malta bttista chegou num estante ao Cabo Girão, as médias têm subido estonteantemente, o compasso de espera cada vez é menor, aproveito a oportunidade para dar parabéns ao Matias, que com esforço não descolou da roda, dando jus aos treinos e pedaladas que tem feito! Quem o viu! Quem o vê! Quem o verá daqui uns meses?No terreno as coisas complicaram, o acumulado (tão sobejado acumulado, tema de conversa e animada discussão) deu de si, forçando os participantes a abrandar o ritmo, mas revelando as maravilhosas curvas de tão bela silhueta. No entanto, o ritmo não esmoreceu por completo e com convicção alcançamos o cume, o fim do trilho, a tão desejada trompica!A nossa ousadia bttista foi presenteada com uma paisagem de cortar a respiração, meses de pedal, sucessivas tentativas frustradas deram a este passeio um significado especial. Nunca a trompica esteve tão bela. Sem pretencionismos poderíamos compara-lá a Monica Bellucci, que nos seus tempos áureos, sem "ciliconadas", fazia-nos sonhar e tremer das canetas! Quem nunca sonhou com um beijo da Bellucci?Depois de tantos sonhos, alguns bem molhados, com a dita dona; nada como a trompica para nos fazer ver que afinal a beleza humana é passageira, pertencendo à natureza a fonte da juventude.Bem ajam todos e continuações de boas pedaladas, afinal estamos aqui todos com algo em comum, desfrutar de uma boa betetada.
O são Pedro pressionado, pelo meu mau acordar, deu-nos um esbelto dia de sol, temperatura amena e trilhos impecáveis de percorrer!Com este passeio finalizou-se o desenho do trajecto para o aniversario dos brava.Não tarda e teremos o passeio do nosso aniversário a passar pelas rodas das "machines".5 da matina e sem mais nada para fazer, aprontei a mala, preparei a logística, lavei a bicicleta e lá arranquei pela escuridão adentro rumo ao planalto madeirense!Vi o nascer do sol, os primeiros raios solares, senti o calor esbofetear a minha cara e relembrei o quanto é bom poder ter essa oportunidade; testemunhar mais um milagre da natureza!O pico ruivo absorveu as cores do sol e dançou a melodia do acordar como uma bailarina russa! Deu-me forças para superar mais uns kms, passar o manto de nevoeiro que por momentos assustou-me (olhei para o céu com olhos reprovadores e são Pedro mandou as nuvens para África!) e lá cheguei ao local de encontro.Café da praxis, power legs no estômago, arrancamos todos para espantar os demónios. Trilhos de sobe e desce, o cerro mimoso não assustou, o céu azul e as vacas bem dispostas, foram a constante deste passeio, o Carlos sempre com grande poder de orientação levou-nos a bom porto.Agora resta juntar todo o grupo, e partilharmos a cavaqueira!Depois da despedida, mais uns quantos kms de ligação para regressar a ribeira brava. É nestas alturas que me pergunto porquê? Não será exagero! Dói tudo, até o rabo já dá para assar uma entremeada, porquê?O esforço acumulado abranda o ritmo, o tempo passa devagar como o elefante quando tenta passar pelo buraco do alfinete, devagar e com persistência, finalmente aproximam-se os últimos kms desta saga.Ao cabo de 93 kms e um acumulado de 2120 metros, sinto que afinal não há razão para tantos porquês! Pois afinal a resposta está na superação, na comunhão com a natureza, na vontade própria de chegar um pouco mais além e de poder testemunhar aos quanto se dispuseram ler esta prosa que o espírito do btt existe!Bem ajam e boas pedaladas!